Energia eólica no Brasil: No início dos anos 2000 o Brasil passou por uma grande seca, diminuindo o nível de água nas barragens hidrelétricas, levando o país a um cenário de grande escassez de energia elétrica.

A crise energética afetou diretamente a economia brasileira, culminando em um racionamento de energia elétrica e evidenciando a grande necessidade pela busca de novas fontes de energia.

Com o intuito de diversificar sua matriz energética, o Brasil passou a incentivar a utilização de fontes alternativas, como biomassa e eólica, criando o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA).

Desde a criação do programa, em 2002, a produção de energia eólica no Brasil cresceu significativamente e, segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2016, verificou-se que, pelo quarto ano consecutivo, devido às condições hidrológicas desfavoráveis, houve redução da energia hidráulica disponibilizada.

Em contrapartida, a geração eólica teve um crescimento de 77,1%, ultrapassando assim a geração nuclear em 2015.

Energia eólica no Brasil: desenvolvimento

Este tipo de geração vem apresentando grande evolução nos últimos anos, seguindo o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos e tecnologia dos materiais, que permitiu o advento de tecnologias modernas e de alta eficiência, chegando aos expressivos 15,2% da matriz energética do país no ano de 2023, representando 30,5GW de potência instalada, levando o Brasil à 6a posição no ranking mundial de capacidade instalada (ABEEÓLICA, 2023).

Tendo realizado seu primeiro leilão para contratação de energia em 2009, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) – Agência que coordena e controla o setor elétrico – com vistas a se obter energia elétrica em um prazo futuro (em geral, um, três ou cinco anos para a entrega da obra), por meio da construção de novas usinas de geração elétrica e linhas de transmissão observou o, cada vez maior, número de inscrições de projetos eólicos nos leilões dos anos subsequentes.

De acordo com a ABEEOLICA (2025), o número de usinas eólicas em operação em fevereiro de 2025 é de 890, em 12 Estados brasileiros. Grande parte delas iniciou sua operação em 2010, completando quinze anos para os primeiros parques provenientes dos primeiros leilões da ANEEL.